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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Periguete, zen e bandida: Madonna na MDNA Tour.


Madonna é uma senhora. Uma senhora bem vívida, com muita energia e que entrega aos fãs um show muito competente e completo. Repleto de violência, religião e sexualidade, Madonna vai do inferno ao céu em um show de duas horas, com uma podução gigantesca, tecnologia de ponta e uma rapidez impressionante na troca de cenário e figurino.

Como a própria Madonna diz no DVD da turnê Confessions, seus dançarinos desafiam a gravidade. E também não tem ossos. Os contorcionismos feitos por eles são inacreditáveis e realizados com tanta naturalidade que chega a parecer fácil.

Madonna canta de fato ao vivo, tendo feito playback somente em "Vogue" e em um trecho final de "Papa Don't Preach". E ela leva bem as canções. Na minha opinão, Masterpiece é cantada lindamente.

Aliás, quando canta as músicas de MDNA, o album base da turnê, a platéia fica meio murcha. Quase não cantavam as novas músicas da popstar, com exceção da abertura com Girls Gone Wild, quando todos cantavam o refrão, empolgados com a entrada da cantora.


Gang Bang é um show a parte. Madonna atira em tudo e todos no quartinho de beira de estrada do Motel Paradise. Não vem mexer com ela, que pow!, shot you dead. Um som de helicóptero estrondante surge no meio da música e, bang bang, ela atira pro alto e um corpo cai do céu! É surreal. A cena de briga na sequência é super bem realizada. Não precisa de clipe pra música, Madonna cai na porrada ao vivo, de frente pra uma multidão de 67 mil pessoas que a assistiram na estreia da turnê no Parque dos Atletas, Rio de Janeiro.

Todo mundo já sabe, mas é ótimo também ver a tiração de onda com a cara da Leidis Gaga em Express Yourself/Born This Way/She's not me. Outro ponto alto é a versão de Like A Virgin, que mesmo dividindo opiniões com relação ao arranjo, é um excelente número. Emendando na não menos excelente música do novo CD, Love Spent, um dos dançarinos veste violentamemnte em Madonna o já famoso espartilho que deixa mínima a circunferência de sua cintura.



Madonna é uma senhora. Uma senhora periguete, uma senhora gostosa, uma senhora de respeito, uma senhora que ainda é a maior diva pop do mundo, uma senhora que prova na MDNA Tour o porquê emplaca sucesso atrás de sucesso há 30 anos e também o porquê uma senhora consegue fazer melhor do que as novinhas do pop que perderam a elasticidade, não sabem mais dançar, ganharam sobrepeso, abusam do autotune e por aí vai...


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